Entenda como o novo sistema da Receita vai mudar a forma de pagar impostos no Brasil
- UNICON
- 15 de set.
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Resumo:
A Receita Federal está criando uma plataforma tecnológica gigantesca (150x maior que o PIX) para operacionalizar os novos impostos sobre consumo (CBS e IBS), previstos na reforma tributária. Ela vai recolher tributos em tempo real, calcular créditos (abatimentos), devolver parte dos impostos para baixa renda (cashback) e reduzir sonegação com o “split payment”. Entrará em funcionamento gradualmente a partir de 2026.
Pontos principais explicados:
Tamanho do sistema
Será 150 vezes maior que o PIX, porque vai lidar não só com valores, mas com todos os detalhes da nota fiscal (produto, empresa, créditos etc.).
Analogia: o PIX é como se fosse uma “mensagem de WhatsApp” (simples e curta), essa plataforma é como mandar um processo completo de 200 páginas a cada operação.
Objetivo
Recolher os novos impostos de consumo (CBS e IBS), que substituem PIS, Cofins, ICMS, ISS e IPI.
Calcular automaticamente o que pode ser abatido (imposto já pago em etapas anteriores).
Fazer a devolução de parte do imposto para pessoas de baixa renda (cashback).
Split Payment (pagamento dividido)
No momento da transação, o sistema já separa e envia automaticamente o imposto devido para União, estados e municípios.
Analogia: é como pagar uma conta no restaurante e o sistema já separar, na hora, a parte do garçom, da cozinha e do dono — sem depender de repasse manual depois.
Impactos positivos
Reduz sonegação (porque o imposto já é recolhido na hora).
Evita erros de cálculo: haverá uma “calculadora oficial” que avisa antes de autuar.
Impede atrasos de pagamento eletrônico.
Dificulta fraudes com empresas de fachada (“noteiras”).
Cashback para baixa renda
Parte dos impostos pagos será devolvida automaticamente.
Analogia: como se, ao comprar arroz e feijão, você recebesse de volta uma “nota de desconto” direto na conta, proporcional ao que gastou (apenas para baixa renda).
Carga tributária
O governo promete que não vai aumentar a carga total, apenas reorganizar.
Mas setores de serviços temem pagar mais, porque não conseguem tantos abatimentos quanto a indústria.
Transição
2026: início em testes, com alíquota simbólica (1%).
2027: começa oficialmente para CBS (federal).
2029–2032: transição de ICMS e ISS para IBS (estados e municípios).
Quem vai usar
Principalmente empresas que compram e vendem entre si (B2B).
No varejo, será por estimativa e ajustes mensais.
Fonte da matéria completa: G1 - https://g1.globo.com/economia/noticia/2025/09/15/150-vezes-maior-que-o-pix-entenda-a-plataforma-que-a-receita-federal-prepara-para-a-reforma-tributaria.ghtml
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